Percurso
Seguindo os antigos carreiros usados pelas populações locais, sobretudo agricultores e moleiros, a Rota do Vale da Mua é a rota das ribeiras e açudes, por excelência. O caminho segue sempre junto à ribeira do carvoeiro que serpenteia pela imponente garganta rochosa do Vale do Cabril.
Além do património natural, de incontestável beleza e valor, destaque ainda para o acerco cultural e geológico destes caminhos.
Património Natural
Por entre os cabeços altaneiros surge um festival de cor onde se destacam por entre o verde dos arbustos os tons amarelos dos tojos e carquejas e os tons avermelhados da urze vermelha e do rosmaninho. Mais de perto observamos as flores das giestas, as cinco pintas da flor da esteva e os tons azulados das cilas e do jacinto espanhol. Toda esta paisagem é observada dos céus pelas aves de rapina que sobrevoam estas paragens com destaque para a águia-calçada, a águia-de-asa-redonda, a águia-cobreira e o grifo.
Descendo ao vale, nas margens da ribeira do Carvoeiro encontramos diversos tipos de fetos (feto-real, feto-espada, feto-comum) e nas zonas de fragas conseguimos encontrar outros seres alados como a andorinha-das-rochas, o melro-das-rochas e até a cegonha preta. Perto da água podem encontrar-se cágados, salamandras, lontras, ginetas, saca-rabos e nos buracos das rochas o morcego-de-ferradura-pequeno.
Património Cultural
Quanto aos principais pontos de interesse e marcos de referência desta rota, são todos facilmente acessíveis através do trilho marcado, embora alguns exijam maior destreza física.
Por muitos considerada a cascata mais bonita do concelho de Mação, o Pego Negro do Cabril, nas proximidades da aldeia de Vale da Mua, assim como para as zonas de escalada ali à volta e o antigo Moinho do Cabril, que alimentou famílias ao longo de décadas. Chegar ao Pego do Morena e à sua lagoa, é mais fácil, e altamente recomendado.