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AS MATRIZES DE CARDIGOS
Cardigos, enquanto paróquia, freguesia e vila, teve, na sua história contemporânea, especificamente no século XX, três igrejas Matrizes. A primeira construída no século XVI, esteve operacional até aos primeiros anos do século XX. A segunda começada a construir no final da monarquia, teve grandes dificuldades na sua conclusão que só aconteceu em 1932. A terceira levantou polémica farta e foi inaugurada em 1972 estando construída no espaço da primeira.
Quando velha igreja matriz de Cardigos se começou a mostrar insuficiente para albergar os devotos que a demandavam, a solução encontrada foi construir novo edifício para uma nova igreja matriz. Foi escolhido um terreno, a nascente da vila, onde, segundo o General João de Almeida (ALMEIDA.1946), teria existido uma antiga fortaleza presumivelmente de um castro lusitano do começo da época dos metais e importante oppidum aquando da chegada dos romanos que a teriam ocupado e transformado numa base militar de ocupação e centro administrativo.
A primeira pedra do novo templo foi lançada a 15 de Agosto de 1906. Em 1910, a implantação da República veio dificultar o andamento das obras devido à sua natureza anticlerical e animosidade religiosa. Só em 1924 as obras tiveram novo impulso. Finalmente, a 25 de Setembro de 1932, foi possível inaugurar o novo templo que o povo passou a chamar “Igreja Nova”. A torre, com 103 degraus, eleva-se a 30 metros e ainda hoje é local de visitas frequentes.
No final dos anos 60 do século XX começou a circular a ideia da inadequação do templo à prática do culto e surgiu a vontade da construção de um novo edifício no espaço do primitivo templo matriz. Foram grandes as querelas e as divergências que envolveram a sociedade cardiguense em torno do novo templo. A verdade é que alguns cardiguense deitaram mãos à obra e lançaram a primeira pedra a 29 de Junho de 1969 para a inaugurarem oficialmente a 02 de Janeiro de 1972.
A denominada “nova igreja” de Cardigos foi uma das primeiras construções religiosas edificadas em Portugal de acordo com as novas orientações emanadas do Concílio Vaticano II no que respeita à arquitectura das igrejas. Assim, o espaço litúrgico tem o altar como centro, o sacerdote preside às cerimónias virado de frente para a comunidade que o rodeia por três lados. As imagens expostas para veneração estão afastadas do centro (altar) para não desviarem as atenções do que é fundamental. O ambão (púlpito) está próximo dos fiéis para que estes possam ouvir e ver claramente o leitor/orador. A luz procura ser natural e faz destacar os painéis de vitrais que remetem para cenas religiosas. Os materiais (madeira, pedra, cerâmica) caracterizam-se pela simplicidade, consistência, autenticidade e resistência. Na pintura sobressaem cores neutras. A decoração é escassa e sóbria e as imagens estão colocadas nas laterais. (Na versão inicial o próprio cruxifico central estava reduzido à Cruz de madeira, sem a imagem de Jesus Cristo.) O enorme painel de pequenos azulejos bege que ocupa quase todo o espaço frontal, atrás do altar-mor, no centro do qual está fixado o Cruxifico, simboliza a ECLESIA (Igreja, Povo de Deus) composta por uma infinidade de fiéis individualmente pequeninos e frágeis que, juntos, unidos e ligados a Cristo, formam um todo indestrutível e forte que é a Igreja.
O Orago é NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO.