Orago: São João Batista
Localidades: Balancho, Capela, Carvoeiro, Degolados, Feiteira, Frei João, Galega, Maxieira, Pereiro, Pracana, Fundeiro, Quebrada, Rouqueira, Sanguinheira, Vale da Casa, Vale de Santiago, Vale Pedro Anes.
Carvoeiro foi uma das vilas do grão priorado do Crato, pertencia à Ordem de Malta, à antiga comarca do Crato, provedoria de Tomar.
Em 18 de maio de 1518 obtém carta de foral dada por D. Manuel I, em conjunto com outras localidades da Ordem do Hospital.
Em 1835 aparece como concelho no distrito de Santarém juntamente com mais outras cinco vilas do priorado do Crato (Belver, Cardigos, Envendos, Oleiros e Pedrógão Pequeno).
O concelho foi extinto em 1836 e integrado no de Mação, no distrito de Castelo Branco.
Nos mapas da divisão judiciária, aprovados por Decreto de 28 de dezembro de 1840, a que alude o Decreto de reforma judiciária de 21 de maio de 1841, Mação aparece como julgado na comarca de Abrantes, distrito administrativo de Santarém.
O pároco era reitor cura, apresentado pelo grão prior do Crato e, a partir de 1790, pela Casa do Infantado até à sua extinção em 1834.
Para além da igreja paroquial, em 1758 tinha como locais de culto as seguintes ermidas: Divino Espírito Santo, Santo António, São Pedro, Santa Margarida (Sanguinheira), Nossa Senhora da Graça (Quebrada), Nossa Senhora da Moita (na encosta de uma serra entre os lugares de Feiteira e Galega).
Continuou no grão priorado do Crato enquanto nullis diocesis, anexo in spiritualibus ao patriarcado de Lisboa, extinto definitivamente em finais de 1882, data em que transitou para a diocese de Portalegre.
Atualmente pertence à diocese de Portalegre-Castelo Branco, arciprestado de Abrantes.
HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICA
Em geral, os originais estiveram na posse da igreja paroquial até 1859. O decreto de 19 de agosto do dito ano ordenou que os livros e documentos de registo paroquial fossem arquivados nas Câmaras Eclesiásticas, ficando os duplicados guardados nas paróquias. O decreto de 18 de fevereiro de 1911 (DG n.º 41, de 20 de fevereiro de 1911) que instituiu o registo civil obrigatório, ordenou que os livros de registo paroquial existentes nas Câmaras Eclesiásticas, bem como os originais e duplicados, conservados pelos párocos, à medida que cessassem funções nas respectivas paróquias, fossem transferidos para as competentes Conservatórias do Registo Civil. Em 1916 (decreto n.º 2225, de 18 de fevereiro), com o fim de recolher os registos paroquiais, nos termos do decreto n.º 1630, de 9 de junho de 1915, é criado o Arquivo dos Registos Paroquiais, Registo Civil, anexo ao Arquivo Nacional, que pelo decreto de 18 de Maio de 1918, era também arquivo dos distritos de Lisboa e Santarém. Com sede no extinto paço episcopal de São Vicente de Fora é transferido, em 1953, para um rés-do-chão na Rua dos Prazeres, e em 1972 para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, no Palácio de São Bento, onde permaneceu até 1990, data da transferência e inauguração do edifício próprio no Campo Grande. O Arquivo Distrital de Santarém, criado pelo decreto n.º 46.350, de 22 de maio de 1965, inicia funções em 1974. Permanecem na posse do Arquivo Distrital de Lisboa (Torre do Tombo) originais até meados do séc. XIX.