Calçada percorrida pela Rainha Santa Isabel, nas suas viagens entre Coimbra e Estremoz. A passagem do Rio Tejo, realizava-se aqui.
A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo de Leiria numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor! Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, em Janeiro? D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara.
A época exacta do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anónima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.
O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crónica dos Frades Menores:
Isabel de Aragão, Rainha de Portugal levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres (…) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava, (…) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. Isabel de Aragão, Rainha de Portugal
— Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562