A povoação do Castelo foi durante muitos anos uma terra de azenhas e moinhos. A água escorria dos bandos em grandes quantidades o que levou à fixação de populações que aproveitavam os solos férteis e à construção de diversas azenhas e moinhos para moagem de cereais que abasteciam todo o concelho de Mação. A situação manteve-se até meados do século XX quando o surgimento de outros processos mecânicos e a diminuição dos caudais da ribeira para abastecimento público de água findaram este tipo de exploração.
Actualmente existem mais de 20 azenhas e moinhos na Ribeira do Castelo sendo que com uma única linha de água disponível esteve sempre presente o espírito comunitário com a construção de levadas entre as construções e partilha do fluxo e força da água disponíveis.
O percurso inicia junto ao lagar de baixo, apesar de actualmente este já não ser movido a água, nos dias de hoje ainda se mantém a exploração como lagar de método tradicional. O percurso continua por trilho atravessando a ribeira numa antiga levada junto ao lagar de cima.
Continuando o caminho passamos junto a dois moinhos de rodízios e um conjunto de tanques que atravessamos por cima do muro.
Depois de um pequeno troço de estrada atravessamos novamente a ribeira para percorrer as levadas e moinhos até alcançar o sítio da Corga.
O percurso continua por entre as casas encontrando no final algumas ruínas que se adivinham pertencer a antigas azenhas. Descendo um pouco atravessamos novamente a ribeira e seguimos pelo asfalto até à ponte dos Salgueirões para iniciar a subida por entre azenhas e levadas até atingir a zona mais alta da povoação.
Caminhando por entre hortas em socalcos e levadas rapidamente vemos a pequena cascata e atravessamos o dique para o trilho que nos conduz à nascente deste ribeiro, nesta zona vemos a mina de água que abastece toda a aldeia.
O regresso é realizado através de um trilho altaneiro descendo de novo até à ponte, sucede-se um troço de asfalto que nos leva à igreja descendo pelos caminhos empedrados de volta ao ponto inicial.