PERCURSO NÃO HOMOLOGADO - NÃO MARCADO
2022 (2º semestre)
Percurso
Seguindo os antigos carreiros usados pelas populações locais, sobretudo agricultores e moleiros, a Rota das Casas da Ribeira/Caratão é a rota das ribeiras, açudes e levadas por excelência. Os caminhos seguem quase sempre junto aos cursos de água que serpenteiam os vales e embalam o caminhante. Ribeira de Eiras, do Caratão, do Aziral e do Carvoeiro: são elas as grandes responsáveis pelos encantos desta rota. Constituída por 3 anéis circulares ligados entre si, esta rota surpreende o visitante pelas suas várias possibilidades e pelo conjunto de trilhos.
Cada vale de cada ribeira possui caraterísticas diferentes, mas todas absolutamente deslumbrantes. Destacamos, por exemplo, a verdejante Ribeira de Eiras, o notável Castelo Velho do Caratão e a imponente garganta rochosa do Vale do Cabril.
Além do património natural, de incontestável beleza e valor, destaque ainda para o acerco cultural e geológico destes caminhos.
Património Natural
Por entre os cabeços altaneiros surge um festival de cor onde se destacam por entre o verde dos arbustos os tons amarelos dos tojos e carquejas e os tons avermelhados da urze vermelha e do rosmaninho. Mais de perto observamos as flores das giestas, as cinco pintas da flor da esteva e os tons azulados das cilas e do jacinto espanhol. Toda esta paisagem é observada dos céus pelas aves de rapina que sobrevoam estas paragens com destaque para a águia-calçada, a águia-de-asa-redonda e a águia-cobreira.
Descendo aos vales e principalmente nas margens da ribeira do Carvoeiro encontramos diversos tipos de fetos (feto-real, feto-espada, feto-comum) e nas zonas de fragas conseguimos encontrar outros seres alados como a andorinha-das-rochas, o melro-das-rochas e até a cegonha preta. Perto da água podem encontrar-se cágados, salamandras, lontras, ginetas, saca-rabos e nos buracos das rochas o morcego-de-ferradura-pequeno.
Património Cultural
Quanto aos principais pontos de interesse e marcos de referência desta rota, são todos facilmente acessíveis através do trilho marcado, embora alguns exijam maior destreza física.
Por muitos considerada a cascata mais bonita do concelho de Mação, a Bica do Chorro é um dos lugares que merece ser visitado e nunca perde esplendor qualquer que seja a estação do ano, assim como a Ponte Velha do Aziral. Chegar-lhes pode implicar algum esforço, mas vale a pena.
O mesmo é válido para o Pego Negro do Cabril, nas proximidades da aldeia de Vale da Mua, assim como para as zonas de escalada ali à volta e o antigo Moinho do Cabril, que alimentou famílias ao longo de décadas. Chegar ao Pego do Morena, à Estação Arqueológica de Cobragança, às ‘Minas de Ouro’ romanas e ao Castelo Velho do Caratão é mais fácil, e altamente recomendado. Por fim, destaque ainda para a Buraca e Pego da Moura, Pego das Hortas e, por fim, Ponte Velha das Casas da Ribeira, património secular do concelho de Mação.