A origem do topónimo Carvoeiro não está devidamente esclarecida pois enquanto alguns autores defendem a derivação do nome de jazidas de carvão inexploradas que existem no sub-solo, outros há que defendem na origem do topónimo árvores em grande quantidade como Sobreiros a Azinheiras.
Povoação muito antiga, desde cedo, se constitui freguesia, sendo que, em conjunto com Amêndoa e Belver das mais antigas da região remontando ao principio da nacionalidade por volta de 1194. Nesta região foram encontrados vestígios de um Castro, sendo que na Sra. da Moita existia um grande espólio do qual se destaca um bem conservado vaso de cerâmica e telhas romanas pensando-se que aqui existiu uma povoação Romana e nas suas proximidades um grande templo dedicado a Júpiter.
Após a reconquista Afonsina, D. Sancho I incentiva a ocupação das terras através da doação das mesmas.
O domínio da vila passa mais tarde para jurisdição da ordem de Malta. Em 1464, Carvoeiro obtém carta de vizinhança, passada por Afonso V que lhe permitia alguma liberdade de executar trocas comerciais com povoações vizinhas. Em 1518 teve a sua carta de foral passada por D. Manuel.
Em termos eclesiásticos e quase como toda a região pertencia ao priorado do Crato, sede de Concelho, Carvoeiro tirava daí óbvios benefícios. Durante as invasões francesas, por não ter sido invadida, a freguesia do Carvoeiro serviu de refúgio para populações vizinhas fugidas das tropas de Junot. Faz parte do Concelho de Mação desde 1878.
No património artístico destaca-se a Capela da Misericórdia do séc. XVII com destaque para a talha dourada do estilo maneirista com decoração religiosa, existindo também um políptico do séc. XVII com cenas bíblicas.
Localidades
Balancho, Capela, Carvoeiro, Degolados, Feiteira, Frei João, Galega, Maxieira, Pereiro, Pracana Fundeiro, Quebrada, Rouqueira, Sanguinheira, Vale da Casa, Vale de Santiago, Vale Pedro Anes.