PONTO GEOCACHING
GC4C9T8- Ponte dos três concelhos
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990
A Ponte de Pedra da Ribeira de Isna situa-se na estrada antiga dos Colos, ou via dos Mouros, que de Cardigos se dirigia à Sertã, a cerca de dois quilómetros da primeira localidade, muito próximo do centro geográfico do país, num ponto de encruzilhada de várias redes de comunicação da Hispania romana, que após a reconquista no reinado de D.Afonso Henriques se torna domínio dos cavaleiros Templários, passando mais tarde para o domínio da Ordem de Malta.
Durante o reinado de Filipe II de Espanha, em 1605, é elevada a sede de Comarca. Em 1878, por via de reforma dos limites administrativos, depois de pertencer ao concelho de Vila de Rei, passa para a área do concelho de Mação, encontrando-se o imóvel no termo de três concelhos distintos, sendo o terceiro, não anteriormente nomeado, o município da Sertã.
A ponte é construída em alvenaria de pedra aparelhada em fiadas regulares, que eventualmente poderia ser rebocada, em que as fundações até às impostas são em granito, sendo o restante aparelho em xisto, incluindo os arcos constituídos por lajes de pedra de xisto fina, dispostas em cunha.
A ponte é constituída por três arcos de volta perfeita, sendo os das extremidades aproximadamente iguais em vão e o central ligeiramente maior, reproduzindo um modelo arquitectónico funcional aplicado em outros imóveis.
O seu tabuleiro, plano, tem um comprimento de 36m, sendo a sua largura de cerca de 3,5m, encontrando-se delimitado por guardas laterais.
Destacam-se as dimensões dos seus talhamares com 3m de altura por 3,6m de largura com um ângulo muito agudo, com certeza para quebrar o ímpeto das cheias. A jusante parecem existir vestígios de talhamares menores.
Quanto à cronologia do imóvel, uma datação precisa requer uma investigação histórica aprofundada, faltando correlacionar esta estrutura com um período cronológico preciso, bem delimitado por estudos comparativos, aceitando-se, no entanto, equacionar este modelo como sendo de tradição romana.(JAM)
(Fonte: DGPC – Direção Geral Património Cultural)