PONTO GEOCACHING
GC4DE8M- Capela de Santo António [Mação]
No alto da Serra do Freixoeirinho, 545 metros, também denominada Serra de Santo António ou simplesmente Serra do Santo, no centro de uma visão celestial, existe uma pequena ermida de evocação a Santo António.
Desde o século XVIII que temos conhecimento de um mui singelo e pobre templo de evocação a Santo Antão, capela dependente da igreja matriz da Amêndoa, em território da freguesia com o mesmo nome.
À evocação inicial, o Povo decidiu acrescentar Santo António, passando a existir duas imagens e a capela a ser de “Santo Antão e Santo António”. A imagem de Santo Antão era mais antiga, de pedra, e a de Santo António, de madeira, mais recente.
Em 1845 o estado de abandono era tal, sem portas e com as imagens em grande estado de degradação, que, dizem os documentos, o edifício não estava em condição de receber o culto, pelo que as autoridades se decidiram pela demolição depois de construído um novo edifício nos Martinzes, para albergar as cerimónias religiosas e as imagens dos santos depois de recuperadas.
Em 1995, pela iniciativa da Direcção de uma Associação que reunia as boas vontades das povoações do Freixoeiro, Freixoeirinho, Cabo, Robalo, Monte Fundeiro, Gargantada, Martinzes, Arganil, Moita Ricóme, Mesão Frio e Sarnadas, pertencentes às freguesias de Cardigos e Amêndoa, criada em 1992, com o entusiamo dos senhores Henrique Dias Santos (Freixoeiro), Luís Filipe Résio (Cabo), Luís Miguel Résio (Gargantada), António Farinha, “Meirim” (Sarnadas) e António Manuel Caetano (Arganil), entre outros, a devoção popular fez edificar, agora em território da freguesia de Cardigos, um novo edifício com evocação de Santo António cuja imagem ocupa lugar central.
Mesmo ao lado, um pouco a sul, ainda são visíveis os vestígios da antiga capela em louvor dos santos “Antão e António”.
É aqui que, com intercessão do mais conhecido Santo português, o visitante quase pode tocar o céu com os olhos postos numa paisagem deslumbrante a partir de um dos pontos privilegiados da freguesia de Cardigos. Parafraseando o nosso Vate Maior, em “Os Lusíadas”: “Melhor é experimentar que julgar, mas julgue quem não puder experimentar.”