PONTO GEOCACHING
GC1GPJ4-Miradouro da serra do Bando - Mação
GC8RFN0-#2 PR2-MAC - SOS2 - MEIOS TERRESTRES
O mito da moura encantada, associado a esta gruta, obedece a um protótipo que é comum a outras regiões, em especial no interior centro e norte de Portugal.
Falamos de um génio feminino que reside “encantado” numa gruta onde guarda um tesouro. Aparece com aspeto sedutor aos passantes, normalmente a um pastor ainda rapaz, penteando-se com um pente de ouro o que deixa antever o seu grande tesouro. Convida o jovem a voltar no dia seguinte, mas sem contar a ninguém, para a “desencantar”, dando-lhe um beijo.
De volta ao local no dia seguinte, em vez da mulher esplendorosa encontra uma serpente.
Assustado recusa beijar a serpente, perdendo assim o tesouro. A sua perenidade é o objetivo último do mito.
É crença popular que esses seres femininos, as ”mouras”, se podem transformar em serpentes, razão que explica o facto de a gruta do Bando dos Santos ser conhecida por dois nomes: Buraca de Serpe e Buraca da Moura.
(Fonte: http://aldeiadocastelo.blogspot.com)
Efetivamente, a 500m de altitude, na base da crista quartzítica do Bando dos Santos, que vai dos Santos à Laje, a 6km para norte da primeira destas povoações, encontram-se duas grutas. Ambas são designadas pelo mesmo nome, sendo a segunda considerada tradicionalmente como pouco importante.
A mais relevante, conhecida por 'Buraca da Serpe', é composta por uma galeria em corredor com 11,29m de extensão, com entrada pela crista quartzítica.
Acredita-se que pode ter sido habitada desde o Paleolítico Médio.
O local foi também objecto de uma exploração de minérios de ferro, que ainda não se tem cronologia definida.
Na sondagem realizada em 1969 por Carl Harpsoe, 2 lascas quartzíticas e 4 fragmentos cerâmicos foram identificados em superfície. Nas escavações arqueológicas, no mesmo ano, realizadas por Dra. Maria Amélia e Georges Zbyszewski, foi recolhido essencialmente material de períodos mais recentes (neolítico).