Distância

distância 15,0km

Duração

duração 6:00h

Percurso

tipo de percurso circular

Dificuldade

grau de dificuldade algo difícil

Desnível acumulado

desnível acumulado 204m

Altitude máxima

altitude máxima 142m

Altitude mínima

altitude mínima 27m

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O que visitar

legenda

tipos de baliza de socorro:

meios terrestres

por meios aéreos

tipos de percursos:

percurso socorro meios 4x4

percurso socorro a pé

Percurso Homologado - Federação Campismo e Montanhismo de Portugal

Recomenda-se extrema atenção ao calor no Verão

PONTO GEOCACHING - INICIO/FIM PR4

(proximidades)

GC4DDY3-L.R.M.O.

O Local

5002 - Praça Dr. João de Oliveira Casquilho

Percurso

Enquadrada na Freguesia de Ortiga, a Rota da Ortiga Sul permite o contacto com zonas agrícolas, zonas de pastagem e zonas piscatórias. Essa é, na verdade, a sua maior riqueza.

Desenvolvendo-se num contacto privilegiado com duas ribeiras (Boas Eiras, a sul, e Eiras, a norte) e ainda com o maior rio da península ibérica (Tejo, a sul), a Rota do Ortiga Sul é, muito provavelmente, a mais rica e diversificada em termos de paisagens, tocando, aqui e ali, três regiões distintas: Beira-Baixa, Ribatejo e Alentejo.

Falamos pois de um percurso muito rico e diversificado, com paisagens arrebatadoras proporcionadas sobretudo pelos ambientes ribeirinhos do Vale do Tejo. Além da diversidade natural e patrimonial, o caminhante pode deleitar-se com os testemunhos remotos da origem do Tejo, a sua relação milenar com os povos que aqui se fixaram até à actualidade e com a simbiose perfeita entre o rio e a serra. Faltam-nos palavras para descrever a sensação de imersão nos cheios e sons da natureza proporcionados pelo Tejo.

Não surpreende, portanto, que possa cruzar-se com um ou outro picareto, os icónicos barcos que outrora navegavam o Tejo e são hoje testemunho riquíssimo do património cultural deste concelho. É igualmente possível cruzar-se com gentes da pesca e sentir a relevância de um rio que urge proteger.

Salientamos, por fim, que se trata de uma rota adequada para praticantes de BTT e na qual é possível encontrar diversos pontos de água potável (fontes) disponíveis. Ao nível de acessibilidades, a localidade de Ortiga é servida por duas paragens ferroviárias (apeadeiros de Ortiga e da Barragem Belver, ambos na linha da Beira Baixa) e pela A23 (nó Ortiga-Mação).

Património Natural

No percurso desta rota podemos observar bonitos ecossistemas ripícolas compostos por espécies arbóreas como o freixo, o amieiro, o choupo-negro, salgueiros, sanguinho-de-água e sabugueiro, entre outras. Já pelas encostas acima, além de sobreiros e azinheiras, encontram-se igualmente árvores como a aroeira, a cornalheira, o aderno-bastardo e a tamagueira. Destaque também para as orquídeas europeias e para o lírio-amarelo-dos-montes, mais precisamente a planta bolbosa iris xiphium - subespécie lusitânica, ambas raras nesta região. Ao percorrer estes campos também as oliveiras milenares não vão passar despercebidas. A fauna aqui é riquíssima; em terra, das lontras à gineta, e no ar, desde a águia-pesqueira ao abelharuco, passando pelo guarda-rios, a poupa, o papa-figos ou o maçarico das rochas, entre outras aves, há muitas espécies para descobrir, basta um pouco de atenção. De realçar que nesta região pode encontrar cinco espécies diferentes de andorinhas: a andorinha-dáurica, andorinha-dos-beirais, andorinha-das-chaminés, andorinha-das-rochas e andorinha-das-barreiras. Mas há mais: não é de todo impossível ser surpreendido pelo grifo ou mesmo pela cegonha negra, isto de dia ou, caso caminhe à noite, pelo imponente bufo-real, pela discreta coruja do mato, pelo mocho galego ou pelos noitibó cinzento e de nuca vermelha.

Já dentro de água nadam peixes como o barbo, a boga, a fataça, estes menos fáceis de avistar, ao contrário das bonitas “florestas aquáticas” compostas por plantas aquáticas do género potamogeton entre outras, e que podem ser observadas em vários pontos.

Já no que diz respeito à geodiversidade, avistam-se nesta rota vários dobras e terraços antigos da origem da formação do rio Tejo. De grande relevância é o afloramento de rochas que em alguns pontos deste percurso podem ter cerca de 650 milhões de anos, sendo provavelmente as mais antigas de todo o Concelho de Mação, integradas na Zona Ossa Morena. Não deixe de observar também os bonitos meandros na ribeira de Boas Eiras junto ao Poço do Pombal.

Património Cultural

Este percurso é muito rico em património, desde a Pré-História à Idade Moderna. Nele podem observar-se as ruínas do Balneário de Vale de Junco, que testemunham a intensa exploração deste território em época romana associada não só à exploração agrícola do Vale do Tejo como também à riqueza da exploração de minério nas serras de Mação. Na Ribeira de Boas Eiras, situado na Zona conhecida por Poço do Pombal, fica o antigo Moinho do Lercas, local de transformação dos grãos do trigo, milho ou centeio em farinha, de roda horizontal. Junto ao moinho pode procurar também a Mina do Ti Antero, aproveitamento sábio do povo de um fenómeno geológico para ter água.

É também neste percurso que pode descobrir a Anta da Foz do Rio frio, outros dos locais emblemáticos da ocupação pré-histórica deste concelho. Com uma ampla câmara e um corredor pavimentado com lajes, este monumento terá sido construído há cerca de 6.000 anos, tendo sido reutilizado, pelo menos, até há cerca de 4.000 anos.

Na Rota da Ortiga Sul realçamos ainda as famosas e seculares pesqueiras da Ortiga, construções visando a pesca com assento na margem do rio Tejo. Sem obstaculizar a circulação dos barcos no rio, estes empreendimentos visavam criar condições, na veia de água do rio, que promovessem a formação de uma corrente de água contrária à do veio central por forma a atrair as espécies piscícolas que no seu natural processo de arribação, visando alcançar as zonas nobres de desova, procuravam evitar a forte corrente do veio central do rio e encontrando ali uma corrente mansa e favorável logo a aproveitavam. Refira-se a título de curiosidade que na margem direita do Tejo, desde a foz do Rio Frio à Barragem de Belver, pese os seus diferentes estados de conservação, identificamos ainda hoje 22 pesqueiras.

PONTO DE PARTIDA:

LARGO JOÃO OLIVEIRA CASQUILHO

N 39º 29' 3.541'' W 8º 1' 13.321''

PONTO DE CHEGADA:

LARGO JOÃO OLIVEIRA CASQUILHO

N 39º 29' 3.541'' W 8º 1' 13.321''

ÉPOCA DO ANO ACONSELHADA: PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO

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